"Tenho que escolher o que detesto - ou o sonho, que a minha inteligência odeia, ou a acção, que a minha sensibilidade repugna; ou a acção, para que não nasci, ou o sonho, para que ninguém nasceu.
Resulta que, como detesto ambos, não escolho nenhum; mas, como hei--de, em certa ocasião, ou sonhar ou agir, misturo uma coisa com outra."
Realidade que entorpece, desde segundos a minutos, somados dão horas viajando pelas ideias da congeladas, guardadas logo depois de serem recolhidas na realidade que é áspera e partilhada.
A capacidade de se alhear guardando o que interessa, as expressões, as ideias feitas de sons e fotografias mentais, recordadas quando de leve são chamadas por outros ritrattos expatriados, fazem a razão do entorpecimento da minha alma.
Expirado me sinto quando sou invadido pela voragem desses ritrattos.
Não é essa a ideia? Não há consenso sobre a assimilação da realidade e da vida, a subjectivação da mesma é a identidade de cada um. Por isso inspirado quando os guardo, expirado quando os recordo, os meus ritrattos.